Um dos traumas mais comuns na prática esportiva é a lesão muscular. A alta incidência gera preocupação para os atletas e treinadores, pois o dano impede a prática de exercícios físicos, interrompendo o processo evolutivo do competidor. Mas a laserterapia promete auxiliar nesse cenário.

De modo geral, é crescente o número de estudos sobre recuperação rápida, de qualidade e eficaz para atletas que sofrem com contusões, estiramentos e lacerações. A laserterapia, no entanto, tem se consolidado como um dos métodos mais promissores.

Para saber mais sobre os novos tratamentos na fisioterapia, confira as atualizações profissionais desenvolvidas pelas principais sociedades científicas dessa área.

“O procedimento acelera o processo de reparo porque trabalha de forma intracelular, na célula-satélite, responsável por fazer a ligação da fibra muscular”, afirma o fisioterapeuta Filipe Abdalla dos Reis.

O laser de baixa potência (LBP) é utilizado pela fisioterapia para promover regeneração ou cicatrização tecidual. O LBP tem sido amplamente aplicado no tratamento de dores musculares e processos inflamatórios, já que promove mudança no estado REDOX celular diante das espécies reativas de oxigênio.

O equipamento tem papel fundamental na sustentação das atividades celulares e na promoção dos estados de fotobioestimulação. Na prática clínica, a laserterapia pode ser aplicada de diferentes formas. Entre elas:

Estimulação da regeneração da ferida em vários tipos de feridas abertas;
Tratamento de várias condições artríticas;
Tratamento de lesões de tecidos moles;
Alívio da dor.

Aplicação da laserterapia

No artigo Laserterapia nas lesões musculares do esporte, Filipe Abdalla dos Reis e Gabriel Bogalho Nogueira explicam que os efeitos da laserterapia estão diretamente ligados às doses energéticas adequadas, à aplicação correta e ao uso regular.

Uma das dificuldades enfrentadas pelos fisioterapeutas, no entanto, é determinar os parâmetros utilizados no tratamento. É importante entender que a modulação dos parâmetros depende de diversos fatores. Entre eles:

Comprimento de onda;
Tempo de irradiação;
Dose aplicada;
Potência do equipamento;
Área do feixe;
Área a ser tratada.

A potência de uma unidade, via de regra, é expressa em miliwatts (mW) ou milésimos de um watt. Geralmente, ela é fixa e invariável. “É uma grandeza inversamente proporcional ao tempo, isto é, quanto mais potente for o laser, menos tempo será necessário para despejar a energia selecionada no tecido biológico”, escrevem Reis e Nogueira.

Os lasers mais utilizados são de He-Ne, AsGa, GaAIAs e InGaAIP. Para tratamentos de feridas superficiais, o laser com meio ativo de He-Ne é o mais eficaz. Já os lasers infravermelhos são mais indicados na penetração de tecidos mais profundos, como o músculo esquelético.

A Associação Mundial de Laserterapia (WALT) recomenda que as densidades de energia utilizadas para o tratamento de lesões musculares contenham os parâmetros entre 2 e 4J, com comprimentos de onda no espectro infravermelho. As técnicas de aplicação são:

Pontual;
Contato direto com a pele;
Contato indireto com a pele;
Na borda da lesão.

Abordagem

Inicialmente, ao fazer a abordagem de lesões musculares, o fisioterapeuta deve conter o sangramento e extravasamento do plasma, o que evita a formação de fibrose. Para saber mais sobre o assunto, acesse aqui a entrevista completa com o fisioterapeuta Filipe Abdalla dos Reis.

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