Pessoas que sofrem com limitações físicas impostas por algum tipo de deficiência tendem a sofrer com problemas psicológicos associados. A carência na mobilidade, afinal, desponta como grande causador de desânimo nesses indivíduos.

Existem dois tipos de pessoas com deficiência: congênitos, que nasceram com a deficiência; e aqueles que perderam funções ao longo da vida, por traumas ou doenças.

Nesse contexto, é importante atentar à saúde mental de quem tem deficiência física. A dependência de outras pessoas e de meios para se locomover pode levar a sentimentos negativos, como raiva, culpa e angústia. Sensações assim costumam elevar o risco de depressão.

Aqui, o papel do psicólogo é cuidar e orientar a saúde mental desses indivíduos, entendendo e contemplando cada aspecto de suas vidas. Antes de tudo, no entanto, é fundamental conhecer as principais dificuldades encaradas no dia a dia, e só então dar início ao processo de acolhimento e à terapia.

Como abordar pacientes com deficiência física

No acolhimento terapêutico do paciente com deficiência, o profissional da saúde trabalha com o objetivo de que o indivíduo construa uma imagem positiva de si. E a Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) revela-se uma das abordagens mais indicadas para casos assim.

Pelo método, muitos terapeutas aplicam técnicas da terapia da aceitação e compromisso, que relaciona o paradoxo da aceitação dos desconfortos com a promoção da mudança.

Quando se trata de uma vítima de lesão ou trauma, é comum haver quadros mais complexos na quebra de pensamentos negativos. Nessas situações, cabe ao terapeuta compreender quais são as novas dificuldades e buscar soluções para a adaptação à nova vida.

O indivíduo que sofreu uma amputação, por exemplo, pode sofrer dores fantasmas, ligadas ao membro perdido. A sensação não raramente desencadeia distúrbios emocionais, com o risco de elevar as chances de surgirem outros problemas psicológicos, como estresse e depressão.

Conheça os Programas de Atualização em Psicologia, desenvolvidos em parceria com as principais instituições da área.

Em busca do equilíbrio emocional

A pessoa com deficiência que mantém seu equilíbrio emocional tem maior capacidade de resolver problemas e enfrentar os desafios do cotidiano. Por isso, é importante ressaltar que ela é, sim, capaz de realizar diversas atividades – mesmo que precise de ajuda. Ciente de sua relativa independência, ela terá sua autoestima estimulada, resultado em melhoria na qualidade de vida.

A TCC tende a contribuir para a maior integração do portador de deficiência com a sociedade, resgatando sentimentos positivos de segurança, dignidade e autoestima. Além disso, a prática de exercícios físicos sem a necessidade de valorizar aspectos técnicos serve como incentivo a elevar a autoimagem do paciente.

Quer mais conteúdo gratuito? Baixe o e-Book grátis O que Você Precisa Saber sobre a Primeira Consulta:

Saúde mental: como tratar pessoas com deficiência física

Como deve ser o atendimento a pessoas com deficiência no consultório médico