Assistência da enfermagem em pacientes com leucemia
A leucemia é uma
doença maligna
dos glóbulos brancos e sua origem geralmente é desconhecida. A incorrência é percebida quando uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética e se transforma numa célula doente. Além de se multiplicar mais rapidamente, a célula anormal morre menos que as normais. Assim, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea são substituídas por células anormais cancerosas.
O
Instituto Nacional de Câncer (Inca)
estima que, em 2020, serão diagnosticados 10.810 novos casos de leucemia no Brasil. O número corresponde a um risco estimado de 5,67 casos novos a cada 100 mil homens e 4,56 para cada 100 mil mulheres.
Esse tipo de câncer possui maior incidência em crianças de até 5 anos. Após essa idade, o risco declina até a faixa dos 20 anos, mas aumenta lentamente depois dos 50 anos. Cerca de 40% dos casos acontecem em adultos.
Os pacientes com leucemia passam por procedimentos exaustivos e dolorosos. Nas leucemias agudas, por exemplo, o tratamento envolve sessões de quimioterapia. E em alguns casos é indicado o transplante de medula óssea.
Diante desse tipo de procedimento, o enfermeiro atua para que o paciente e seus familiares estejam prontos para lidar com as mudanças que ocorrem ao longo do processo. É função do enfermeiro, por exemplo, estimular a participação de familiares para que estejam preparados para auxiliar e apoiar a pessoa enferma durante todo o tratamento – inclusive depois da alta hospitalar.
Para realizar uma assistência de enfermagem boa e eficaz, é necessário fazer uma análise da situação emocional de pacientes com leucemia, que ajudará na continuação do tratamento. Cabe ao enfermeiro induzir a educação individualizada, em que o paciente é motivado e evita-se o desânimo – o que tende a ser comum em situações assim.
Cuidados necessários
- Informar antecipadamente ao paciente sobre a quimioterapia e outros processos terapêuticos. Além de explicar a finalidade e importância de cada um e seus possíveis efeitos colaterais;
- Oferecer dieta hipercalórica e hiperproteica em intervalos regulares;
- Estimular ingestão de água;
- Registrar os efeitos colaterais dos quimioterápicos;
- Adotar cuidados especiais na administração de sondas, medicamentos e na realização de tricotomias e lavagens intestinais;
- Observar e relatar a frequência e característica das eliminações gastrointestinais e vesicais, atentando para presença de sangue;
- Estabelecer o uso de máscaras para pessoas que prestam cuidados diretos ao paciente.
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