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Pancreatite aguda e crônica: como a enfermagem deve abordar pacientes

Situada na parte superior do abdome, o pâncreas é o órgão responsável pela produção de hormônios, sucos digestivos e enzimas. Entre as patologias mais comuns a atingi-lo está a inflamação, também conhecida como pancreatite.

Na maioria dos casos, o problema é causado pelo uso abusivo de álcool ou pela formação de cálculos (popularmente chamados de pedras) na via biliar. O quadro é conhecido como pancreatite, que pode ser dos tipos aguda ou crônica.

A pancreatite aguda é caracterizada por uma inflamação do pâncreas com acometimento variável devido à autodigestão tecidual pelas próprias enzimas. Já o caráter crônico da doença apresenta discreta reação inflamatória e degeneração fibrótica, progressiva e irreversível do parênquima pancreático.

Geralmente, uma pancreatite aguda não leva à pancreatite crônica – a não ser que surjam complicações. Entretanto, a pancreatite crônica pode ser caracterizada por episódios agudos. O diagnóstico é feito com parâmetros clínicos, laboratoriais ou de imagem.

Tratamento recomendado para pancreatite

Tanto no pré-operatório quanto no pós, o paciente com pancreatite pode sofrer dor intensa e desconforto abdominal, integridade tissular prejudicada, comprometimento respiratório e alteração no estado nutricional. Por isso, os cuidados de enfermagem são percebidos por seu caráter mais paliativo do que curativo.

A regra básica nessas situações é promover o conforto ao paciente, assim como evitar complicações e ajudá-lo no retorno e na manutenção de um dia a dia normal. Para tanto, são administrados analgésicos opioides a fim de aliviar a dor, bem como é feita hidratação venosa para reposição volêmica.

Cabe ressaltar, porém, que como a maioria dos opioides estimula o espasmo do esfíncter de Oddi (esfíncter papilar) ainda não há consenso sobre qual é o agente mais efetivo. Alguns especialistas acreditam que a meperidina apresenta menor probabilidade de causar espasmos do esfíncter. E, por isso, é considerada a mais recomendada para pacientes com pancreatite.

A doença pode provocar dor exagerada e a enfermagem deve preparar os acompanhantes para possíveis mudanças de personalidade e comportamentais. Além dos analgésicos, o alívio da dor pode vir de medidas não farmacológicas, como deixar o paciente em 
posição recumbente dorsal
 (imagem abaixo) ou decúbito lateral, com os joelhos dobrados.

Além disso, a pessoa tem restrita a ingestão de alimentos e líquidos por via oral, com a dieta zerada até a melhora do quadro clínico. Em casos de hiperglicemia, é necessário administrar insulina conforme prescrição. À medida que os sintomas ficam mais brandos, a alimentação oral é gradualmente reintroduzida. Entre crises agudas, o paciente recebe uma dieta rica em carboidratos e pobre em gorduras e proteínas.

Também compete à enfermagem monitorar e documentar a frequência respiratória do paciente com pancreatite a cada 1h a 4h, administrar oxigênio suplementar e realizar avaliação pulmonar por meio do monitoramento da oximetria de pulso – ou da gasometria arterial. Orientar o enfermo sobre técnicas de tosse, respiração profunda e o uso da espirometria também são fatores que contribuem na recuperação.

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