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Bombas de infusão: tipos, funcionalidades e cuidados pela enfermagem

A bomba de infusão (BI) é um equipamento hospitalar fundamental no tratamento dos pacientes, pois é responsável por fornecer fluidos, como soro e medicamentos, na dose exata recomendada pelos médicos. Existem diversos modelos de bomba infusora e é preciso entender o seu funcionamento para ofertar maior segurança aos pacientes.

A utilização das bombas de infusão é recomendada quando a infusioterapia precisa atender a requisitos rigorosos, como erro de infusão menor que 5%, restrição hídrica do paciente, e proteção contra oclusão, bolhas de ar e término da infusão.

A bomba de infusão é um dispositivo muito destinado à terapia intensiva, usado quando existe a necessidade de maior precisão na infusão. Possui alarmes e controles que possibilitam a infusão precisa e segura, mesmo em baixas velocidades e em longos períodos de tempos. A infusão de drogas com o uso da BI é comumente recomendada em pacientes com insuficiência cardíaca e renal, neonatos prematuros, na administração de drogas vasoativas, quimioterápicos, anestésicos, heparina, trombolíticos e dieta enteral.

Para o uso desse dispositivo, é de extrema importância verificar sua funcionalidade e como deve ser operado, sendo dada atenção a sua velocidade de infusão, tempo de administração, volume total a ser infundido, entre outros. Existem alguns tipos de bombas de infusão e as mais comuns são:

Bomba de infusão de equipo

Esse tipo de bomba de infusão permite o transporte controlado e seguro de medicação – com taxa uniforme e dosagem precisa. É uma bomba na qual a vazão é selecionada pelo operador e indicada pelo equipamento em volume por unidade de tempo.

Além disso, ela pode ser de três funcionalidades:

  • Parenteral:
    fornece alimentação e medicamentos ao paciente por acesso endovenoso;
  • Enteral:
    administra alimentação e medicamentos diretamente no trato digestivo do paciente;
  • Universal:
    realiza os processos parental e enteral no mesmo dispositivo.

As bombas de infusão de equipo podem ser programadas de acordo com o seu tipo:

  • Tipo I: somente fluxo contínuo de infusão,
  • Tipo II: somente fluxo não-contínuo,
  • Tipo III: administração discreta em bolus,
  • Tipo IV: fluxo contínuo com administração em bolus ou uma combinação do Tipo I e Tipo II,
  • Tipo V: bomba de perfil de fluxo programável.

Bomba de infusão de seringa

A bomba de seringa é um equipamento destinado à infusão controlada de líquidos, administrados ao paciente através de uma ou mais seringas ou de um reservatório similar. A taxa de vazão é selecionada pelo operador e indicada pelo equipamento em volume por unidade de tempo.

A bomba de infusão de seringa é um dos tipos mais utilizados no ambiente hospitalar, principalmente em UTI neonatal. Esse tipo é muito indicado para o tratamento de recém nascidos, pois possui um alto controle na aplicação dos medicamentos através de uma seringa.

Bomba de infusão intratecal

A bomba de infusão intratecal é utilizada para atender pacientes que precisam receber medicação direto na medula espinhal, na maioria das vezes para controle de dores crônicas. Para isso, o dispositivo consiste em um cateter implantado na região da coluna, que libera quantidades muito pequenas de medicação junto ao líquido que envolve a medula espinhal. Este cateter é conectado a um reservatório que fica implantado na região abdominal embaixo da pele.

Bomba de infusão elastomérica

Também chamada de “bomba de balão”, esse dispositivo é ideal para quem faz o tratamento em casa, mas também pode ser usado no ambiente hospitalar. A bomba elastomérica é bastante utilizada para administrar medicamentos líquidos, como anestésicos, antibióticos e analgésicos. Elas não precisam de nenhuma peça eletrônica ou bateria, pois o fluxo é mantido por meio da pressão do próprio paciente.

Bomba de infusão peristáltica

O princípio de funcionamento de uma bomba peristáltica é baseado no movimento de um líquido através de uma mangueira, comprimindo e descomprimindo. As "sapatas" da bomba são fixadas no rotor da bomba, que pressiona o fluido através da bomba. Essa é muito utilizada por pacientes em tratamento de diálise. A bomba infusão peristáltica é aquela que o próprio aparelho faz a programação e a pressão para administração dos fluidos. Elas podem ser de equipo ─ equipamento que leva o fluido do aparelho ao paciente através de um tubo condutos ─ ou de seringa.

Tipos de infusão

Dependendo do caso, a infusão medicamentosa irá variar em termos de tempo de administração, sendo:

  • Infusão em bolus:
    aplicação do medicamento diretamente na veia do paciente em um tempo menor ou igual a um minuto.
  • Infusão rápida:
    aplicação do medicamento em tempo que varia entre um e trinta minutos.
  • Infusão lenta:
    aplicação do medicamento em intervalo entre trinta e sessenta minutos.
  • Infusão contínua:
    aplicação do medicamento em tempo superior a sessenta minutos e sem interrupções.
  • Infusão intermitente:
    aplicação do medicamento em período superior a sessenta minutos, no entanto, apresentando interrupções.

A opção por determinado tipo será feita pelo médico responsável, levando em consideração o perfil do paciente, seu quadro de saúde e suas necessidades de tratamento.

Uma vantagem das bombas infusoras utilizadas em ambiente hospitalar é a tecnologia de tela de comando e alarmes. Esses alarmes disparam para alertar sobre problemas com as soluções infundidas, notificam a proximidade do término da infusão, e alertam sobre bateria fraca e obstrução da via.

Portanto, as bombas infusoras têm como principal função a administração contínua de medicamentos cujo limiar entre a dose terapêutica e a dose tóxica é muito próximo. Em apresentações como pílulas ou injeções simples, haveria oscilações na concentração do medicamento ao longo do tempo no organismo do paciente. O uso das bombas infusoras permite um maior controle da infusão, resultando em maior eficácia terapêutica e garantindo a segurança na administração dos medicamentos.

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