Realizado com frequência na clínica, o exame de eritrograma em pequenos animais, muitas vezes, não tem seu resultado interpretado de maneira adequada. Alterações no número, no tamanho, na cor e na forma das hemácias podem esconder uma série de doenças – como anemia e hipocromia.

Com a função de avaliar a quantidade e as características das hemácias, o exame auxilia na identificação dos estados patológicos de animais, funcionando como uma ferramenta fundamental para o sucesso no tratamento e na recuperação dos pacientes.

O eritrograma em pequenos animais se baseia pelo número de eritrócitos por μL de sangue e pela concentração de hemoglobina (g/dL). Além disso, o exame considera ainda a taxa de hematócrito (%); o volume corpuscular médio (VCM); a concentração de hemoglobina celular média (CHCM); a hemoglobina corpuscular média (HCM); e a avaliação morfológica dos eritrócitos nos esfregaços sanguíneos.

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O Eritrograma em Pequenos Animais

Avaliação de eritrócitos

A contagem é feita através de contadores manuais e automáticos. Mais precisos, os automáticos também requerem menos tempo de coleta e de análise. Os contadores automáticos são capazes de realizar, além da contagem de eritrócitos, a mensuração da concentração de hemoglobina e a do hematócrito em um único processo rápido. Ainda que seja a prática mais difundida, apresenta custos maiores.

A contagem manual costuma ser mais demorada, sendo realizada nas cinco áreas do quadrado central da câmara de Neubauer após a diluição do sangue total em solução de cloreto de sódio (NaCl) a 0,9% na proporção 1:200. A partir daí, o número de eritrócitos obtido pela contagem deve ser multiplicado por 5 x 0,1 x 200, em que 5 representa um quinto da área total para eritrócitos; 0,1 diz respeito à profundidade da câmara; e 200 a diluição 1:200.

Para facilitar o processo, basta multiplicar o valor contado nas cinco áreas por 10.000, resultando no valor total de eritrócitos da amostra. Assim, a concentração de hemoglobina permite avaliar a capacidade de transporte de oxigênio do sangue, por meio de hemoglobinômetros manuais ou analisadores bioquímicos.

A taxa de hematócrito estima o volume de sangue ocupado pelos eritrócitos em relação ao sangue total. A centrifugação de tubos capilares de micro-hematócrito permite a determinação manual do hematócrito, além da avaliação do plasma (normal, ictérico, hemolisado ou lipêmico) e, por refratometria, a mensuração da concentração da proteína total plasmática e do fibrinogênio.

Análise dos resultados

Variações de forma, tamanho e anormalidades morfológicas eritrocitárias entre hemácias podem ajudar no diagnóstico das enfermidades que possuem reflexo no eritrograma. A coloração das hemácias indica diretamente a concentração de hemoglobina presente nessas células.

Os eritrócitos jovens possuem menos hemoglobina. Em anemias, quando a produção de eritrócitos está elevada na tentativa de saná-las, células jovens são liberadas e, ao se misturarem com as maduras que já estavam em circulação, demonstram a população eritrocitária.

Quando há coloração mista, o quadro é de policromasia. Já a hipocromia ocorre em células que se formam com quantidade diminuída de hemoglobina por deficiência de ferro. A partir daí, é possível inferir um diagnóstico correto e iniciar o tratamento de combate.

Eritrograma em pequenos animais: um aliado ao diagnóstico de anemia

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