Apesar de o verão já ter encerrado no Brasil, a previsão é de que 2019 continue sendo um dos anos mais quentes da história em razão do fenômeno El Niño. O calor deve persistir nas regiões Norte e Nordeste, caracterizadas por médias de temperaturas mais elevadas ao longo do ano.

Sendo assim, as clínicas veterinárias devem estar prontas para prestar um suporte correto aos tutores e aos animais. Ainda mais porque, nesse contexto, os estabelecimentos costumam registrar um aumento significativo da incidência de desidratação e até hipertermia.

São inúmeros os sintomas que podem sinalizar um quadro hipertérmico, entre eles: salivação excessiva, arritmias cardíacas, desidratação, mucosas congestionadas, constipação, vômitos e diarreias. Episódios mais graves podem apresentar, inclusive, convulsões.

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O roteiro de consulta em momentos assim precisa respeitar alguns procedimentos básicos. Aos cachorros, “as medidas incluem verificar a mucosa, checar respiração e medir os batimentos cardíacos”, salienta Kellen Oliveira, doutora em Medicina Veterinária e professora da Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Vale salientar que a temperatura normal deles varia entre 38 a 39,2ºC. Ao ultrapassar os 40ºC, a probabilidade de hipertermia é bastante alta.

Com isso, os veterinários possuem uma tarefa importante: a de orientar os tutores sobre os melhores cuidados para seus animais, pontuando os sinais que eles devem estar atentos. Ainda que os perigos do calor não sejam novidade a ninguém, muitos não se dão conta do que devem fazer para garantir o bem-estar dos seus bichos.

Particularidades das raças de cães e gatos no calor

A infinidade de raças dos pets traz à tona algumas precauções específicas. Por exemplo: as raças braquicefálicas como Shih Tzu, Lhasa Apso e Bulldog Francês – que já possuem dificuldades respiratórias –, enfrentam ainda mais problemas para controlar a temperatura do corpo.

No que tange aos gatos, os da raça Persa, graças à longa pelagem, estão mais expostos às consequências de temperaturas elevadas. Além disso, aqueles com pelos brancos são mais propensos a desenvolver carcinomas e outros tumores secundários ligados aos raios solares.

Via de regra, as dicas são simples e contemplam a hidratação do pet, realização dos passeios em horários apropriados e viabilização de ambientes arejados. As indicações valem tanto para felinos, quanto para cães.

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